Como a pandemia agravou a dependência tecnológica?

Passar o dia todo trabalhando em frente a tela do computador. Verificar o celular a cada vibração mesmo durante o horário de almoço. Se sentir cansado e improdutivo ao final do dia. Todos esses comportamentos podem indicar uma dependência tecnológica, especialmente agora durante a pandemia.

Além disso, ainda existem as atividades de trabalho, reuniões e confraternizações entre amigos que antes eram presenciais e agora são feitas pelo mundo virtual. O uso dos aplicativos de chamadas de vídeo cresceu drasticamente em apenas um mês. Segundo a Microsoft, por exemplo, os minutos de chamadas no Skype cresceram 220% comparado ao mês anterior ao início da pandemia. Já o Whatsapp cresceu até 76% em chamadas de vídeo somente entre 14 e 24 de março de 2020.

Outro comportamento alterado durante a pandemia, foi a forma como as pessoas fazem compras. De acordo com uma pesquisa do Instituto Delete (UFRJ), 43,8% dos entrevistados passaram a fazer compras on-line em supermercados e farmácias, além de operações bancárias pela internet, por causa do confinamento.

Mas e quais são os perigos dessa dependência tecnológica na pandemia?

Os especialistas em saúde mental sempre indicaram as redes sociais como uma das principais causas de transtornos psicológicos, especialmente entre os jovens. A preocupação exagerada com a quantidade de likes e seguidores pode gerar depressão e ansiedade para quem passa horas na frente das telinhas. Isso acontece principalmente por causa da busca por aceitação no mundo virtual e pela falsa sensação de status que ele gera. E esse uso constante das telas também gera problemas de insônia e aumenta a sensação de cansaço físico, afinal, a quantidade de informações que chegam até nós por meio delas não permite que o nosso cérebro tenha um descanso saudável. Da mesma forma que o uso excessivo das ferramentas digitais causa problemas físicos e psicológicos, ele também tem afetado as relações de trabalho. No home office, se torna ainda mais difícil estabelecer um limite de horário para começar e terminar de trabalhar, já que clientes e gestores tendem a achar que o serviço pode ser feito a qualquer hora por conta do “tempo ócio” que a pandemia proporcionou. Sobre isso, uma pesquisa no LinkedIn apontou que dos 2 mil profissionais ouvidos, 62% estão mais ansiosos e estressados com o trabalho do que antes devido ao home office. Segundo essa mesma pesquisa, 68% dos funcionários entrevistados têm trabalhado pelo menos 1 hora a mais por dia, enquanto outros 21% chegam a trabalhar até 4 horas a mais por dia.

O que fazer para se livrar da dependência tecnológica?

O primeiro passo é sempre ter consciência de quando uma situação se torna um problema. Nesse sentido, o autoconhecimento é uma ferramenta primordial na busca por uma vida mais equilibrada e livre de dependência tecnológica. Desativar as notificações te ajudará a se concentrar mais no que realmente importa, especialmente em horários não comerciais. Isso devolverá a sua capacidade de tomar decisões e ter um comportamento ativo em relação as redes sociais. Além disso, quando você entrar em uma rede social, a experiência será mais gratificante, já que encontrará mais novidades do que se ficar verificando as notificações a cada minuto. A verdade é que não existe um único caminho para se livrar da dependência tecnológica na pandemia. Também é certo que depois que toda essa crise passar, nós nos tornaremos pessoas diferentes do que éramos antes. Mas, enquanto isso, é necessário que encontremos o caminho do equilíbrio, para o nosso próprio bem.

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1 thought on “Como a pandemia agravou a dependência tecnológica?

  1. […] mais importante nessa pandemia. Isso inclui saber dosar o tempo entre trabalho e vida pessoal e o uso das tecnologias. Mas não se esqueça também de priorizar a sua alimentação e fazer pequenas pausas durante o […]

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